segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Visual Merchandising: mercado que está crescendo e se destacando no Brasil

A vitrine da marca Kate Spade, em Nova York, se mistura com o interior da loja
Vamos entender melhor as profissões de vitrinista e visual merchandiser, ainda novas no país, mas cada vez mais exploradas e procuradas pelos lojistas.

Segundo o designer Paulo Kinna, responsável pelo curso de Vitrinismo e Displays para Moda da Escola São Paulo, as duas profissões são diferentes. “O vitrinista cuida apenas da vitrine e a profissão de visual merchandiser  cuida também da parte interna da loja.”

Para Daniel Fonseca Maciel, que ministra o curso de Visual Merchandising para o Varejo de Moda no Senac São Paulo, há quatro anos o mercado está crescendo. Os cursos de especialização e a preocupação de centros comerciais populares como o Bom Retiro e Brás, em São Paulo, também contribuíram com a mudança. “As lojas passaram a investir em bons manequins e cenografia”, disse ele. “ E a chegada de marcas estrangeiras que investem no segmento também fizeram as nacionais se movimentarem”, explicou.

Daniela Courbis
, que trabalha na equipe de vendas da Dior, disse que atuou na área quando morava em Londres. "Fazíamos algumas reuniões depois de uma coleção ser apresentada para escolher quais peças seriam utilizadas na vitrine e também para planejar como elas seriam organizadas dentro da loja”, disse.

São os visual merchandisers que cuidam de toda a comunicação comercial da marca. Depois de buscarem informações e elementos dentro da temática e contexto dos lançamentos, eles começam a pensar no projeto final, que depende do espaço físico disponível e do investimento.

Ou seja, além dos elementos de decoração, são os visual merchandisers que definem em qual ordem as peças são expostas, quais combinações vão vestir os manequins e como misturar as cores e tecidos nas araras.

"Antes dos profissionais especializados aparecerem, os vendedores faziam a vitrine e contratavam um arquiteto ou decorador para o interior da loja", explicou Juliana Frasson, docente do curso livre de Visual Merchandising do Centro Universitário Belas Artes.

No Brasil, a Vimer é especialista no assunto. Fundada há seis anos, executou trabalhos para marcas como Cori, Shoulder, Iódice, Loungerie. Empresas como essa são contratadas, principalmente, por redes de lojas em busca de identidade visual, treinamento e padronização do atendimento.

"Desenvolvemos praticamente todos os pontos de contato entre o cliente e a marca”, disse Camila Salek, fundadora da Vimer. “Dessa forma, vitrines, equipamentos, produção de moda em manequins, comunicação visual,  displays, expositores e até a música são alguns dos atalhos utilizados por um bom profissional para alcançar melhores resultados no varejo."

O segmento já é fortíssimo em outros países e, especialmente em datas especiais, as vitrine de lojas como Printemps, em Paris, Liberty, em Londres, e de grifes como Louis Vuitton, Chanel, Tiffany's sempre causam comoção em quem passa pela frente.

A dupla de publicitários brasileiros Keka Morelle e André Faria criaram até um site especializado em fotografar vitrines ao redor do mundo. Para os donos do Vitrine Voyeur, vitrine é o cartão de visita de cada coleção. 

Fonte: Comunicadores
Foto: Reprodução

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