segunda-feira, 5 de setembro de 2011

"Ser modelista hoje significa ser empregado de uma estrela", diz Gayegos sobre a minguante profissão

                                                                                                         Reprodução

Cursos em design de moda pipocam em todas as regiões do Brasil e as faculdades não param de formar estilistas. Para você ter uma ideia visite nosso Guia com as Faculdades de Moda no Paraná. O segmento carece, porém, de mão de obra especializada em modelagem. "No Brasil, ser modelista significa ser empregado de uma estrela", confirma o jornalista José Gayegos, que tem formação como modelista, formado na Esmod e trabalhou com o costureiro Dener nos anos 1960.
E o que significa ser modelista, afinal? Para Gayegos, é um profissional que pode se expressar artisticamente por meio da modelagem e também idealizar uma peça e executá-la. "Em momentos de crise, é mais fácil dispensarmos um estilista do que um modelista! Afinal de contas, desenhar é simples, mas possuir a técnica de execução, não. Acredito que roupa se faz com tecido e agulha e não com lápis e papel", avalia.
Ele explica que na França, por exemplo, um modelista pode exercer diferentes funções. "Há três tipos básicos: o modelista criador, que cria as peças por meio da técnica, o toalista, como eu costumo chamar, que obedece o tipo de cada tecido na hora de criar, e o moldista, que passa essas criações para o papel para fazer o molde", explica.
Resumindo, é o modelista que dá a vida ao desejo do estilista e , por isso, é um personagem fundamental na produção de roupas. E a relação entre esses profissionais e estilistas deve ser bastante entrosada, para que ambos consigam tornar as ideias realidade.

"Muitas vezes o estilista não consegue transmitir as informações de forma correta para o modelista. Imagine, por exemplo, uma pessoa erudita explicando para uma senhora sem estudo a sua vontade quanto à roupa?”, diz Gayegos. “Essa falta de entrosamento pode acabar em uma monstruosidade, como as que muitas vezes vemos nos desfiles: peças mal cortadas e mal acabadas."

Gayegos ainda adianta que um bom profissional tem que ter noções de ciências exatas "Nos primeiros cursos que dei no Senac, eu via que o aluno sentia dúvidas quando, por exemplo, pedia para traçar uma paralela. Hoje noções básicas de geometria e matemática são fundamentais para o profissional ser um bom modelista".

Se você se interessou pela carreira, prepare-se fazendo um curso especializado no assunto. Veja os que estão disponíveis no Senac:
Cursos livres:
Modelagem Feminina e Adaptações em CAD  
Modelagem Masculina  
Modelagem e Confecção Feminina 
Modelagem e Confecção de Bolsas em Tecido  
Modelagem e Confecção de Moda Praia  
Modelagem e Costura para Iniciantes  
Modelagem em Malharia 
Modelista Assistente 
Moulage

Fonte: Comunicadores

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